Pedro Abrunhosa
180426274.gif

(Pedro Abrunhosa | Pedro Abrunhosa)


Lento,
Eu vi morrer o tempo,
Morto por fora e por dentro,
Como um pai enganado,
Um filho roubado,
Uma mão de soldado, um pecado,
Um cálice, um príncipe,
E num salto de lince,
Um fim que está perto,
Um quarto deserto,
Dois tiros no escuro, um peito feito no muro
E o rosto já frio, o som da morte no cio,
O passo a compasso
Das botas cardadas,
Espadas à espera,
O gume,
O lume da fera.
E ninguém percebeu que o mundo inteiro sou eu.

Longe,
Um mar que se rasga e me foge,
Uma dor que, por mais que se aloje, não vale o aço da bala
Coração que me embala, que estala, que empala no medo,
Um dédalo, um dedo,
Um gatilho já preso,
Um rastilho aceso, um fogo às cores pelo céu,
Desenhos loucos no breu,
Pintura pura a canhão,
Talvez vinte homens não cheguem,
Talvez aqueles me levem,
Talvez os outros se lembrem,
Que são homens como os que fogem
E nenhum Deus é maior,
Num ódio feito de dor,
E ninguém reparou que o mundo inteiro parou.

A cada não que dizes,
Abre-se um lugar no céu.
A cada não que dizes,
Abre-se um lugar no céu.


Fracos,
Como farrapos na cama,
Orgulho feito de lama, e o verbo ser a partir.
Palavras presas na alma, ruas de vento e vivalma,
Um límpido tiro, um suspenso suspiro,
Pietá nas notícias,
Gravatas impunes negando as sevícias
Vozes de ferro, de fogo, de fome, de fuga, de facas,
E as rugas pobres, já fracas,
Um poço morto de sede,
Grafftis numa parede,
E ninguém percebeu, que o mundo inteiro sou eu.

Outros,
Loucos, perdidos, sentidos certeiros,
Crianças feitas guerreiros,
A quem foi roubado o perdão,
Dois braços cheios de pão,
Napalm, na palma da mão,
Um fósforo fátuo,
Nos jornais o retrato
De um estilhaço, um abraço,
Um pedaço de espaço
De uma pátria sem chão.
Uma pétala pródiga, um remorso confesso,
Talvez a dor no regresso,
Talvez um dia o inverso,
Mas isso já eu não peço,
O mundo inteiro a fugir,
O mundo inteiro a pedir.
Que se oiça alto o teu Não.

A cada não que dizes,
Abre-se um lugar no céu.
A cada não que dizes,
Abre-se um lugar no céu.

Outros,
Fracos,
Longe,
Lento,
Não.


Mirror lyrics:

Não.
Lento,
Longe,
Fracos,
Outros,

Abre-se um lugar no céu.
A cada não que dizes,
Abre-se um lugar no céu.
A cada não que dizes,

Que se oiça alto o teu Não.
O mundo inteiro a pedir.
O mundo inteiro a fugir,
Mas isso já eu não peço,
Talvez um dia o inverso,
Talvez a dor no regresso,
Uma pétala pródiga, um remorso confesso,
De uma pátria sem chão.
Um pedaço de espaço
De um estilhaço, um abraço,
Nos jornais o retrato
Um fósforo fátuo,
Napalm, na palma da mão,
Dois braços cheios de pão,
A quem foi roubado o perdão,
Crianças feitas guerreiros,
Loucos, perdidos, sentidos certeiros,
Outros,

E ninguém percebeu, que o mundo inteiro sou eu.
Grafftis numa parede,
Um poço morto de sede,
E as rugas pobres, já fracas,
Vozes de ferro, de fogo, de fome, de fuga, de facas,
Gravatas impunes negando as sevícias
Pietá nas notícias,
Um límpido tiro, um suspenso suspiro,
Palavras presas na alma, ruas de vento e vivalma,
Orgulho feito de lama, e o verbo ser a partir.
Como farrapos na cama,
Fracos,


Abre-se um lugar no céu.
A cada não que dizes,
Abre-se um lugar no céu.
A cada não que dizes,

E ninguém reparou que o mundo inteiro parou.
Num ódio feito de dor,
E nenhum Deus é maior,
Que são homens como os que fogem
Talvez os outros se lembrem,
Talvez aqueles me levem,
Talvez vinte homens não cheguem,
Pintura pura a canhão,
Desenhos loucos no breu,
Um rastilho aceso, um fogo às cores pelo céu,
Um gatilho já preso,
Um dédalo, um dedo,
Coração que me embala, que estala, que empala no medo,
Uma dor que, por mais que se aloje, não vale o aço da bala
Um mar que se rasga e me foge,
Longe,

E ninguém percebeu que o mundo inteiro sou eu.
O lume da fera.
O gume,
Espadas à espera,
Das botas cardadas,
O passo a compasso
E o rosto já frio, o som da morte no cio,
Dois tiros no escuro, um peito feito no muro
Um quarto deserto,
Um fim que está perto,
E num salto de lince,
Um cálice, um príncipe,
Uma mão de soldado, um pecado,
Um filho roubado,
Como um pai enganado,
Morto por fora e por dentro,
Eu vi morrer o tempo,
Lento,


(Pedro Abrunhosa | Pedro Abrunhosa)


Relevant Tags:
1180426274.gif 80426274.gif 810426274.gif 280426274.gif 2180426274.gif 1280426274.gif q80426274.gif q180426274.gif 1q80426274.gif
1880426274.gif 10426274.gif 108426274.gif 190426274.gif 1980426274.gif 1890426274.gif 1u0426274.gif 1u80426274.gif 18u0426274.gif
1i0426274.gif 1i80426274.gif 18i0426274.gif 170426274.gif 1780426274.gif 1870426274.gif 1800426274.gif 18426274.gif 184026274.gif
18p426274.gif 18p0426274.gif 180p426274.gif 189426274.gif 1809426274.gif 18o426274.gif 18o0426274.gif 180o426274.gif 1804426274.gif
18026274.gif 180246274.gif 180526274.gif 1805426274.gif 1804526274.gif 180e26274.gif 180e426274.gif 1804e26274.gif 180r26274.gif
180r426274.gif 1804r26274.gif 180326274.gif 1803426274.gif 1804326274.gif 1804226274.gif 18046274.gif 180462274.gif 180436274.gif
1804236274.gif 1804q6274.gif 1804q26274.gif 18042q6274.gif 1804w6274.gif 1804w26274.gif 18042w6274.gif 180416274.gif 1804126274.gif
1804216274.gif 1804266274.gif 18042274.gif 180422674.gif 180427274.gif 1804276274.gif 1804267274.gif 18042t274.gif 18042t6274.gif
180426t274.gif 18042y274.gif 18042y6274.gif 180426y274.gif 180425274.gif 1804256274.gif 1804265274.gif 1804262274.gif 18042674.gif
180426724.gif 180426374.gif 1804263274.gif 1804262374.gif 180426q74.gif 180426q274.gif 1804262q74.gif 180426w74.gif 180426w274.gif
1804262w74.gif 180426174.gif 1804261274.gif 1804262174.gif 1804262774.gif



HOME
Popular Songs:
le gros chat du marchã©

mr. dieingly sad

say something anyway

one good reason

manhood

finish what we started

after the laughter comes the tears

your sweet voice

save yourself

das geheimnis meiner kraft

unnagjort

that darkness shall be eternal

1 pura y 2 con sal

in my lifetime (closing version)

you've got to hide your love away

now

prize possession

2.3

i couldn't live without your love

coming on strong

(C) 2012 MirrorLyrics. All rights reserved. contact us