Pedro Abrunhosa
180426272.gif

(Pedro Abrunhosa | Pedro Abrunhosa)


Lento,
Eu vi morrer o tempo,
Morto por fora e por dentro,
Como um pai enganado,
Um filho roubado,
Uma mão de soldado, um pecado,
Um cálice, um príncipe,
E num salto de lince,
Um fim que está perto,
Um quarto deserto,
Dois tiros no escuro, um peito feito no muro
E o rosto já frio, o som da morte no cio,
O passo a compasso
Das botas cardadas,
Espadas à espera,
O gume,
O lume da fera.
E ninguém percebeu que o mundo inteiro sou eu.

Longe,
Um mar que se rasga e me foge,
Uma dor que, por mais que se aloje, não vale o aço da bala
Coração que me embala, que estala, que empala no medo,
Um dédalo, um dedo,
Um gatilho já preso,
Um rastilho aceso, um fogo às cores pelo céu,
Desenhos loucos no breu,
Pintura pura a canhão,
Talvez vinte homens não cheguem,
Talvez aqueles me levem,
Talvez os outros se lembrem,
Que são homens como os que fogem
E nenhum Deus é maior,
Num ódio feito de dor,
E ninguém reparou que o mundo inteiro parou.

A cada não que dizes,
Abre-se um lugar no céu.
A cada não que dizes,
Abre-se um lugar no céu.


Fracos,
Como farrapos na cama,
Orgulho feito de lama, e o verbo ser a partir.
Palavras presas na alma, ruas de vento e vivalma,
Um límpido tiro, um suspenso suspiro,
Pietá nas notícias,
Gravatas impunes negando as sevícias
Vozes de ferro, de fogo, de fome, de fuga, de facas,
E as rugas pobres, já fracas,
Um poço morto de sede,
Grafftis numa parede,
E ninguém percebeu, que o mundo inteiro sou eu.

Outros,
Loucos, perdidos, sentidos certeiros,
Crianças feitas guerreiros,
A quem foi roubado o perdão,
Dois braços cheios de pão,
Napalm, na palma da mão,
Um fósforo fátuo,
Nos jornais o retrato
De um estilhaço, um abraço,
Um pedaço de espaço
De uma pátria sem chão.
Uma pétala pródiga, um remorso confesso,
Talvez a dor no regresso,
Talvez um dia o inverso,
Mas isso já eu não peço,
O mundo inteiro a fugir,
O mundo inteiro a pedir.
Que se oiça alto o teu Não.

A cada não que dizes,
Abre-se um lugar no céu.
A cada não que dizes,
Abre-se um lugar no céu.

Outros,
Fracos,
Longe,
Lento,
Não.


Mirror lyrics:

Não.
Lento,
Longe,
Fracos,
Outros,

Abre-se um lugar no céu.
A cada não que dizes,
Abre-se um lugar no céu.
A cada não que dizes,

Que se oiça alto o teu Não.
O mundo inteiro a pedir.
O mundo inteiro a fugir,
Mas isso já eu não peço,
Talvez um dia o inverso,
Talvez a dor no regresso,
Uma pétala pródiga, um remorso confesso,
De uma pátria sem chão.
Um pedaço de espaço
De um estilhaço, um abraço,
Nos jornais o retrato
Um fósforo fátuo,
Napalm, na palma da mão,
Dois braços cheios de pão,
A quem foi roubado o perdão,
Crianças feitas guerreiros,
Loucos, perdidos, sentidos certeiros,
Outros,

E ninguém percebeu, que o mundo inteiro sou eu.
Grafftis numa parede,
Um poço morto de sede,
E as rugas pobres, já fracas,
Vozes de ferro, de fogo, de fome, de fuga, de facas,
Gravatas impunes negando as sevícias
Pietá nas notícias,
Um límpido tiro, um suspenso suspiro,
Palavras presas na alma, ruas de vento e vivalma,
Orgulho feito de lama, e o verbo ser a partir.
Como farrapos na cama,
Fracos,


Abre-se um lugar no céu.
A cada não que dizes,
Abre-se um lugar no céu.
A cada não que dizes,

E ninguém reparou que o mundo inteiro parou.
Num ódio feito de dor,
E nenhum Deus é maior,
Que são homens como os que fogem
Talvez os outros se lembrem,
Talvez aqueles me levem,
Talvez vinte homens não cheguem,
Pintura pura a canhão,
Desenhos loucos no breu,
Um rastilho aceso, um fogo às cores pelo céu,
Um gatilho já preso,
Um dédalo, um dedo,
Coração que me embala, que estala, que empala no medo,
Uma dor que, por mais que se aloje, não vale o aço da bala
Um mar que se rasga e me foge,
Longe,

E ninguém percebeu que o mundo inteiro sou eu.
O lume da fera.
O gume,
Espadas à espera,
Das botas cardadas,
O passo a compasso
E o rosto já frio, o som da morte no cio,
Dois tiros no escuro, um peito feito no muro
Um quarto deserto,
Um fim que está perto,
E num salto de lince,
Um cálice, um príncipe,
Uma mão de soldado, um pecado,
Um filho roubado,
Como um pai enganado,
Morto por fora e por dentro,
Eu vi morrer o tempo,
Lento,


(Pedro Abrunhosa | Pedro Abrunhosa)


Relevant Tags:
1180426272.gif 80426272.gif 810426272.gif 280426272.gif 2180426272.gif 1280426272.gif q80426272.gif q180426272.gif 1q80426272.gif
1880426272.gif 10426272.gif 108426272.gif 190426272.gif 1980426272.gif 1890426272.gif 1u0426272.gif 1u80426272.gif 18u0426272.gif
1i0426272.gif 1i80426272.gif 18i0426272.gif 170426272.gif 1780426272.gif 1870426272.gif 1800426272.gif 18426272.gif 184026272.gif
18p426272.gif 18p0426272.gif 180p426272.gif 189426272.gif 1809426272.gif 18o426272.gif 18o0426272.gif 180o426272.gif 1804426272.gif
18026272.gif 180246272.gif 180526272.gif 1805426272.gif 1804526272.gif 180e26272.gif 180e426272.gif 1804e26272.gif 180r26272.gif
180r426272.gif 1804r26272.gif 180326272.gif 1803426272.gif 1804326272.gif 1804226272.gif 18046272.gif 180462272.gif 180436272.gif
1804236272.gif 1804q6272.gif 1804q26272.gif 18042q6272.gif 1804w6272.gif 1804w26272.gif 18042w6272.gif 180416272.gif 1804126272.gif
1804216272.gif 1804266272.gif 18042272.gif 180422672.gif 180427272.gif 1804276272.gif 1804267272.gif 18042t272.gif 18042t6272.gif
180426t272.gif 18042y272.gif 18042y6272.gif 180426y272.gif 180425272.gif 1804256272.gif 1804265272.gif 1804262272.gif 18042672.gif
180426722.gif 180426372.gif 1804263272.gif 1804262372.gif 180426q72.gif 180426q272.gif 1804262q72.gif 180426w72.gif 180426w272.gif
1804262w72.gif 180426172.gif 1804261272.gif 1804262172.gif 1804262772.gif



HOME
Popular Songs:
make a mistake

right between the eyes

find your way back

i can fight like in tekken (sapporo rokkakid remix

nights in white satin

proverb doll

black clouds

the last nail

inside looking out

cheyenne

nrg

a face in the crowd

big energy in little spaces

maybe tomorrow

slow train

metal to the metalheads

riding the scree

raise up

meu amor meu amor

gone gone gone (done moved on)

(C) 2012 MirrorLyrics. All rights reserved. contact us